histórias de fé e de esperança parte 2

Ida Gospel

histórias de fé e de esperança parte 2

O  PECADO  QUE  MAIS  AMAMOS

Jó 13:23

 

Um jovem de mente fraca usava um paletó todo remendado na frente. “Estes remendos”, explicou ele a alguém que lhe perguntava, “lembram-me os pecados e faltas de meus vizinhos. Eu os tenho marcados aqui para poder vê-los facilmente”. Ao lhe ser perguntado acerca do pequenino remendo que trazia na gola atrás, respondeu: “Oh, isto representa meu pecado – e eu o coloquei atrás, onde não o possa ver!” – Meditações Matinais.

 

NÃO  PROSPERAREMOS  COM  O  PECADO  OCULTO

Isa. 29:15

 

Um gato, perseguido por um cão, subira a um poste de telefone. Achando-se ali em situação precária, o felino encheu a noite de miados pungentes. Esgotando todos os recursos para fazer o animal descer, um vizinho afinal chamou o Corpo de Bombeiros que, com longa escada, conseguiu trazer para baixo o bichano. Todo esse incômodo se produzira meramente porque o gato não aprendera a “voltar atrás”.

Meditações Matinais.

 

CONTAMINAÇÃO

Certo livro de leitura infantil contava a história de um homem que queria ensinar ao filho o perigo de escolher maus companheiros. Tomou três maçãs, uma podre e as outras boas, pondo-as juntas no mesmo prato. Depois de poucos dias, levou o filho para examiná-las. Estavam ali três maçãs podres, porque a estragada contaminou as boas. Assim, “um pouco de fermento faz levedar toda a massa”. – Brado de Guerra.

O  PECADO  DESCOBERTO  E  PERDOADO

I João 1:19

Certo homem queria entregar-se à Cristo a fim de segui-Lo como seu Salvador e Mestre, porém não podia encontrá-Lo. Ele sentia o peso de um crime praticado contra uma companhia de seguros. Isso o enchia de remorsos.

Acontecera que certa ocasião em desespero por apertos financeiros, provocou um incêndio em seu armazém com o intuito de receber o prêmio de seguro. Não tendo sido descoberto o seu ardil, a companhia pagou-o integralmente.

Passaram-se os anos. E agora, depois de ter ouvido a pregação do Evangelho, desejando dar o passo definitivo, aquele pecado interpôs-se como obstáculo intransponível para impedi-lo de aceitar alegremente o seu Salvador. Encontrando-se com um evangelista, contou-lhe o caso e pediu sua opinião.

– Eu faria assim, respondeu ele, tomaria o primeiro trem para o Sul e iria ao escritório da companhia de seguros, contaria toda a minha história e esperaria as conseqüências, pois acho melhor ir ao Céu pelo caminho de uma prisão do que perder a minha alma por causa de um crime não confessado.

– Pois então eu vou fazer isso, foi a pronta resposta.

Após orarem juntos, separaram-se, cada qual seguindo o seu caminho. Passaram-se alguns meses. O evangelista recebeu uma carta. Era do homem que lhe escrevia da penitenciária: “Tenho tudo; nada me falta e tenho paz por ter achado meu Salvador”. – Extraído.

NUM  PRESÍDIO

Conta o pregador Moody que durante a guerra civil, quando o General Grant sitiava Richmond, ele ia para Chicago e teve de passar por Nova York, onde passou um domingo. Foi assistir à reunião de oração na rua Fulton. Nessa reunião ele pôde dizer algumas palavras e, terminado o culto, um homem se aproximou e convidou-o para pregar no dia seguinte no presídio de Tombs.

Ele supunha que os presos se reuniriam na capela da prisão, mas qual não foi sua surpresa quando viu que tinha de pregar a um auditório invisível. Eles permaneciam nas suas próprias celas. Havia duas ordens de celas por cima dele, e uma por baixo, e pregou a 300 ou 400 sentenciados.

Depois da pregação, Moody quis ver o seu auditório. Ele se dirigiu à porta da primeira cela, onde havia uma pequena janela para deixar entrar luz e ar. Dentro havia dois homens jogando cartas. Eles jogaram durante toda a pregação. Moody lhes perguntou:

– Por que estão aqui?

– Porque nos metemos com maus companheiros, respondeu um, e o criminoso se livrou e nós fomos condenados.

Um outro disse:

– O homem que cometeu o crime não foi condenado.

Noutra cela disseram:

– Nós vamos ter novo processo. Um homem jurou falsamente contra nós.

Em toda a sua vida, conta Moody que nunca achou tantos inocentes como naquela prisão. A natureza humana é a mesma em toda parte.

Moody pensou: “Bem, vou percorrer este presídio para ver se posso encontrar um pecador”. Levou tempo, mas afinal achou um homem sozinho na cela. Estava com a cabeça entre as mãos. Olhando pela janelinha, e Moody perguntou:

– Que tem você, amigo? Pude ver que estava chorando.

– Os meus pecados são tantos que não os posso suportar.

– Ah! Graças a Deus – disse Moody. – Tenho estado à sua procura.

Durante meia hora Moody falou com aquele homem. Suas palavras eram como um copo de água fria para um sedento. Contou quão perverso havia sido. Quando lhe pediu que orasse, o homem disse não saber. Teve a oportunidade de apontar-lhe o Salvador que o purificaria de todo o vil pecado. Afinal o homem orou: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, um vil desgraçado.”

Moody ficou tão interessado nesse homem que quase não podia separar-se dele. Sentiu compaixão dele, parecia um amigo, um irmão. Ao separar-se disse-lhe: “À noite estarei no hotel e das nove às dez horas, estarei orando por você e desejo que você ore também. Naquela noite o Espírito Santo impressionou tanto a Moody que desejou tornar a ver o homem.

Moody foi ao presídio e o diretor permitiu-lhe falar com ele. Quando o viu, tomou sua mão e apertou-a enquanto lágrimas de alegria deslizavam-lhe pela face. Contou então que o Senhor lhe dera o salvação.

Por que foi que o Filho de Deus passou aquela noite as outras celas e só salvou esse homem? Foi porque esse homem viu sua condição de perdido. – Deus É Amor. – Moody, pág. 20 e 23.

MENINA  PERDIDA

Muito poucos acreditam que estão perdidos: Uma senhora foi assistir a uma conferência com uma filha pequena. Antes da porta da igreja se abrir reuniram-se muitas pessoas, e a pequena extraviou-se da mãe. Não podendo encontrá-la, a mãe pediu que o ministro anunciasse do púlpito.

“Mary Moore perdeu-se. Caso ela esteja na igreja queira levantar-se para que a mãe a veja”. Ninguém se levantou. Não a encontrando na igreja a mãe mandou um homem sair pelas ruas tocando uma campainha e clamando: “Mary Moore perdeu-se”.

A mãe ficou quase doida. Afinal acharam a pequena assentada no primeiro banco da igreja:

– Por que você não se levantou quando chamaram seu nome?”

– Porque eu não estava perdida. Ela julgava que fosse outra Mary Moore.

Quando se prega aos pecadores perdidos, eles dizem: “Não, não estou perdido. Não faço isto e não faço aquilo”. Aí está a dificuldade.

PECADO

Um dos amigos de um oficial inglês no exército das Índias, tinha criado um tigre que ele conseguira ensinar como a um cão. Ele o alimentava de carne cozida, lacticínios, frutas… e este companheiro de um novo gênero o seguia por toda a parte dócil e meigo, deitando-se a seus pés, levantando-se quando chamado, em resumo, tendo-lhe verdadeiro apego.

Um dia, instalado em seu “bangalô”, redigia algumas notas, deixando caído seu braço esquerdo ao longo da cadeira. O nosso oficial sentiu de repente uma língua acariciando sua mão. O fato nada tinha de extraordinário, e ele a princípio não prestou nenhuma atenção. Mas as carícias foram se tornando cada vez mais acentuadas, e as lambidas mais rápidas. Voltando sua cabeça, sem mexer com a mão, ele viu que desta escorriam algumas gotas de sangue, por causa da rugosidade da língua da fera. Esta que nunca havia provado sangue, estava achando-o muito gostoso e continuava a lamber avidamente essa mão, que arranhava cada vez mais.

O oficial compreendeu o perigo. Os instintos do tigre despertavam; não havia um momento a perder, senão a mão, o braço… tudo seria engolido. Com notável sangue frio, deixando sempre pendida sua mão esquerda, já toda ensangüentada, ele estendeu a mão direita para pegar de sua escrivaninha um revólver que tinha sempre pronto, e bruscamente esvaziou toda a carga na cabeça de seu querido animal que caiu morto. O oficial estava salvo – na hora certa! Ele não substituiu seu tigre domesticado; esse brinquedo perigoso perdera todo o seu encanto para ele. – Brado de Guerra.

O  PERIGO  DOS  PECADOS  PEQUENOS

Faz algum tempo, um naturalista francês trouxe algumas traças aos EUA, com o propósito de realizar certas experiências científicas. Várias dessas traças escaparam. Se houvessem sido agarradas duma vez, facilmente poderiam ter sido destruídas, mas as autoridades do Estado adiaram a questão durante trinta anos. Até o presente, essas traças custaram ao Estado de Massachusetts a soma de 700.000 dólares.

AS  LINHAS  DO  PECADO

É bastante conhecido o quadro “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci. Era este um pintor delicado e profundo conhecedor da natureza humana. Estudava minuciosamente as expressões do rosto. Visitava os sofredores e os alegres, para analisar as linhas faciais, e passar para a tela essas expressões.

Conta-se que certa tarde convidou para chegarem a seu quarto muitos amigos seus, e ali soltou entre eles uma cobra viva, para estudar-lhe as expressões de terror.

O maravilhoso quadro “A última Ceia” estava quase pronto, faltando apenas dois rostos: o de Cristo e o de Judas. O artista procurou por toda parte modelos para pintá-los. Um dia entrou numa grande catedral e notou ali a expressão alegre e varonil da face de um dos jovens coristas. Convidou logo o rapaz para visitá-lo em seu “atelier”. O jovem esteve sentado durante horas, enquanto o artista estudava-lhe na face as fortes linhas de seu caráter e as passava para a tela. Depois de longas horas o rapaz foi despedido. Antes de sair, pediu permissão para ver o quadro. Então viu seu rosto pintado como o de Cristo.

Passaram-se meses e anos e ainda Da Vinci, apesar de investigar constantemente, não pudera encontrar uma face que exprimisse a fraqueza e impiedade de Judas. Mas afinal, encontrou o homem numa sarjeta. Convidou o mendigo a seu “atelier”. Ali ele se colocou, imóvel, enquanto o artista copiava as linhas de pecado, impiedade e egoísmo que sua face retratava, como as de Judas. Quando o trabalho estava pronto, este pobre infeliz lhe deu um relance de olhos. Com um misto de espanto e de tristeza, exclamou: “Eu já vi este quadro antes!” “Quando? perguntou o artista, surpreso.” “Anos atrás. Eu era o jovem do coro, cuja face o senhor pintou como a de Jesus.”

Todo pensamento deixa um sinal na face. Vocês, tão-somente vocês terão de decidir se desejam ter um rosto semelhante ao de Cristo, ou semelhante ao de Judas.

PACIÊNCIA,  PERSEVERANÇA

O TESOURO DA PACIÊNCIA

Conta-nos Stewart Robertson de duas fontes. Uma encontra-se na Islândia, fora de vistas, no interior de profunda cratera. Os turistas gostam de jogar uma pedra ou um pedaço de sabão nessa cratera, e então afastar-se e esperar. Daí a pouco ouvem um som de água que murmura e ferve, e uma irada coluna de água suja, juntamente com pedaços de rocha, lixo e lama, é projetada no ar.

A outra fonte de que ele nos fala encontra-se nos planaltos da Escócia. A fonte mana uma água cristalina, num constante e brando murmurejar. Se se lança nela uma pedra, detém-se uns momentos o murmurejar, mas logo a pedra é engolida e a fonte continua plácida como sempre.

Algumas pessoas são como a primeira fonte: a qualquer observação desagradável, a qualquer ofensa do semelhante, lança de si ressentimento e ira. Outros – e estes devem incluir todos os cristãos – são como a pequena fonte da cena: se uma falta de bondade lhes atravessa o caminho, têm uma resposta branda, e jamais se lhes perturba a calma interior. Isto é o que é dar uma resposta branda, como diz  Prov. 15:1.

Palavras que se digam em resposta a uma pessoa irada geralmente agem como um chicote, fustigando-lhe o temperamento e tornando-o mais furioso. Mas a ira que encontra o silêncio, bem depressa desvanece. Refreie o cristão a língua, resolvendo firmemente não falar palavras ásperas, impacientes. Com a língua refreada, poderá ele ser vitorioso, cada vez que for chamado a passar por uma provação da paciência.

O  COLPORTOR  CEGO  E  O  GERENTE  DO  BANCO

O irmão cego J.B. foi, por mais de 20 anos, um fiel colportor-evangelista. Era bem conhecido dos homens de negócios da cidade comercial, os quais o recebiam sempre cortesmente e o ajudavam a atravessar os cruzamentos da cidade, em que havia intenso tráfego.

Certo dia dirigiu-se a um estabelecimento bancário da cidade. No seu caminho, dentro do Banco, deixava um exemplar de pequeno livro a cada funcionário, dizendo-lhes que nele havia uma mensagem de amor da parte de Deus; e que nesse meio tempo o examinassem e que logo após voltaria. Quando o colportor chegou à escrivaninha do gerente, se apresentou com o mesmo livro.

O gerente se enfureceu, atirou o livro no ar, e dirigiu-se rapidamente a todos os funcionários, arrebatou-lhes os livros e os jogou violentamente contra a porta do estabelecimento, e intimou o velho colportor cego a ir embora. Mas, à semelhança de seu Salvador, o colportor cego orava: “Pai, perdoa-lhe, porque não sabe o que faz”.

Em seguida abaixou-se e com as mãos procurava em todo o piso a fim de recolher os preciosos livros que continham a mensagem do amor de Deus. Cada vez que achava um, exclamava: “Deus seja louvado, salvei mais um”. Assim continuou, até que achou a todos. Durante todo o tempo o gerente do Banco o observava e quando o velho colportor estava perto da porta para ir embora, o gerente correu até ele, segurou-o pelo braço e lhe disse:

– Por favor, perdoe-me, agi como um louco. Volte para dentro e dê-me todos estes livros.

Em seguida foi pessoalmente distribuir um exemplar do livro a cada funcionário do Banco. Indagou do colportor o preço de cada livro, e pagou-lhe o dobro do preço devido. E ainda se escusou humildemente, dizendo: “Hoje, o senhor me ensinou uma lição maravilhosa de educação e de verdadeiro cristianismo. Por favor, volte aqui sempre que tiver outros livros, e eu pessoalmente o ajudarei a colocá-los”.

Naquela ocasião se confirmou o que o sábio disse em Provérbios 15:1: “A resposta branda desvia o furor”.

Extraído do Boletim de Colportagem, da Itália.

CONSTRUINDO  A  PONTE

Autor desconhecido, Tradução

 

Seguia um velho em solitária estrada,

Quando, ao cair da tarde, longa e fria,

Se viu perante a fauce escancarada

De abismo em que revolta água rugia.

Ao rio se lançou sem hesitar,

Transpondo-o, o viajor experiente;

E noutra margem, ei-lo a levantar

Sólida ponte sobre essa torrente.

“Por que, amigo, as forças desperdiça”,

Observa alguém, “ao termo da viagem?

Seria justo abandonar a liça

E descansar, após árdua passagem…”

O sábio construtor ergueu a fronte

Encanecida pelos largos anos,

E diz: “Além, um jovem desce o monte;

Ingênuo sonhador, sem desenganos,

Não conhece os perigos dos caminhos;

Ele amanhã terá de atravessar

O hiante abismo, os pedregais e espinhos…

Para ele a ponte: deixe-o, pois passar!…”

 

APRENDENDO  A  PERSEVERANÇA  COM  A  FORMIGA

Timur, o famoso guerreiro que conquistou rapidamente várias nações do Oriente, costumava contar a seus amigos o seguinte fato ocorrido em sua juventude:

Uma vez – dizia – vi-me obrigado por meus inimigos a me refugiar em um edifício em ruínas, onde permaneci sentado durante muitas horas. Desejando desviar o pensamento de minha condição desesperada, fixei a vista em uma formiga que tentava subir por uma parede, carregando um grão de trigo maior do que ela. Observei os esforços que desprendeu para conseguir o que desejava. O grão caiu ao chão 69 vezes, mas o inseto perseverou e por fim, na septuagésima vez, pôde chegar ao alto. Isto me confortou grandemente naqueles momentos e jamais me esqueci da lição. – Respigando.

FABRICANDO  UMA  AGULHA

Conta-se a história relatada pelos chineses de um de seus filósofos que, durante os anos escolares, lançou o livro em que estudava ao solo, certo de que nunca poderia assenhorear-se dele. Depois deste incidente se encontrou com uma senhora que estava esfregando uma barra de ferro sobre uma pedra.

– Por que está fazendo isto? – perguntou o estudante.

– Porque desejo obter uma agulha e assim estou afinando esta barra até que fique em condições de ser usada para coser.

A lição de paciência e perseverança não foi desprezada pelo jovem, que tomou novamente seus livros e, dedicando-se a eles, tornou-se um dos maiores mestres chineses.

Nossos deveres poderão parecer-nos tão pesados como a tarefa de tornar uma barra de ferro numa agulha. Entretanto, com paciência e a ajuda de Deus, conquistaremos todos eles.

Bem disse o poeta que escreveu: “Mais alto do que o temor e mais forte do que o destino é o amor e a fé que pacientemente esperam”.

Amós R. Welles.

 

A  PRECIOSA  JÓIA  DA  PACIÊNCIA

Apoc. 14:12

Paciência, obediência e fé, eis três das jóias da coroa de Cristo nosso Rei. Nestes últimos dias essas qualidades são raras, mas o olho pesquisador de Deus discerne o que estão exibindo ao mundo essas preciosas gemas.

A Paciência é uma das maiores e mais sublimes qualidades vistas no homem. Shakespeare exclamou: “Quão pobres são os que não têm paciência!” Mas muitas pessoas jamais aprenderam esta gentil arte. Admiramos qualquer pessoa que revele tal virtude.

Um dos populares clérigos da antiga história de Boston era o Dr. Cotton Mather. Era um homem muito querido por sua disposição amável e, por sua paciência mesmo. Mas ele tinha alguns inimigos porque tomou partido político em alguma coisa de interesse da região e também porque reprovava fielmente a iniqüidade. Como resultado foram-lhe enviadas algumas cartas muito abusivas, as quais ele amarrou num pacote e escreveu em cima: “libelos. Mather esquecê-las.”

Este é um século de impaciência. No caso de muitas pessoas o ânimo está sempre em ponto de ebulição. A velocidade de nosso mundo moderno não é de molde a ajudar desenvolver esta qualidade chamada paciência. Acostumados a correr, as pessoas se irritam quando têm de parar na presença de um sinal vermelho.

Você fica exasperado quando tem de esperar por uma refeição? Por que você não aproveita para ler um livro de bolso? Como empregaríamos o tempo na eternidade se não sabemos o que fazer com meia hora? Para ser paciente é preciso ter a mente de Jesus.

Um tirano pagão surrava um cristão e lhe perguntava: “Que coisa importante já fez por você o seu Cristo?” “Isso mesmo”, respondeu o cristão, “que eu lhe possa perdoar apesar de me tratar assim tão cruelmente”.

PERSEVERANÇA

Os dois pintainhos ainda se encontravam dentro das cascas, mas conversavam, cheios de animação:

– Que escuridão, dizia um deles. Não posso mais sofrê-la.

– Tem paciência, irmãozinho. Depois da noite vem a madrugada.

– História. Não creio nestas coisas. Quem garante a você que algo melhor nos espera?

– A lógica e os fatos. Nada éramos há vinte dias. Estranhos acontecimentos, harmonizados por uma força inteligente, teimaram em tramar coisas mil para nos dar carne, ossos, penugem, corpo, membros, cabeça. Por que tudo isso, senão para uma finalidade mais importante? Não seria um tempo perdido, dessa força inteligente, se houvéssemos de nos extinguir, nesta escuridão?

– Não sei. Tenho um certo ceticismo.

– Esperemos, então.

O pintainho ateu, sem coragem, desanimado, não reuniu as energias de que dispunha, para romper a casca. Mas aquele que acreditava num futuro diferente, saiu da escuridão para a vida. Como haviam crido, assim aconteceu, a cada um deles.

TEMOS  DE  PERSEVERAR

Mat. 24:13

O local era o Estádio Imperial, em Vancouver, na Columbia Inglesa. O tempo, 7 de agosto de 1954. A ocasião, a corrida maratona de uns 40 Kms, dos jogos do Império Britânico.

Um dos atletas na corrida era Tiago Henrique Peters. Quilômetro após quilômetro ele esteve à frente no campo, ganhando distância a cada passo. Ao fim desse exaustivo exercício, ele se achava a bons vinte minutos na frente de seu mais próximo competidor. E penetrou no estádio por entre as aclamações da multidão.

Mas que era isto? Peters ia diminuindo; cambaleava; caía! Tombava na pista. Companheiros o incitaram a erguer-se. Incerto, pôs-se de pé, deu alguns possas adiante, e tornou a cair. Mais uma vez os companheiros gritaram-lhe palavras de animação, e novamente Peters se levantou, foi vacilando adiante alguns passos, e caiu. Doze vezes ele se levantou e doze vezes tombou, e finalmente, tateou em direção de uma linha branca que ele parecia julgar a linha final. E ali desfaleceu nos braços de seu treinador.

Peters não venceu a corrida. Estava a 60 metros do alvo. Vinte minutos depois um escocês por nome Tiago McGhee saltou através da linha e foi declarado vencedor.

Que decepção! Peters fizera metro após metro, quilômetro após quilômetro. Fizera a maior parte da corrida. Apenas 60 metros a sua frente! Mas deixou de resistir “até ao fim”, e daí perdeu a corrida.

PACIÊNCIA  NESTA  ÉPOCA  DE  PRESSA

Vivemos na era do “momento” – era das bebidas do momento, pudins, leites, batatas do momento. E muitas pessoas estão à procura de descobrir a religião do momento. Demasiado ocupadas e impacientes demais para estudar a Bíblia e meditar em suas profundas lições, precipitam-se daqui para ali à sua maneira secular.

Pessoas assim perdem muito, pois a impaciência é inimiga da reflexão, da descoberta, de uma apreciação profunda pelas coisas grandes e belas da vida.

Anos atrás, um professor, em um laboratório, entregou a um aluno uma planta, dizendo-lhe que a estudasse, fizesse desenhos dela e escrevesse o que visse. Impacientemente, o jovem olhou às folhas, às raízes, às flores, e dentro de cerca de 15 minutos relatou ao professor:

“Continue”, disse o professor, “você apenas começou”. O aluno serviu-se do microscópio de mão por um pouco, tomou mais algumas notas, depois se aproximou outra vez do mestre. “Continue”, disse ele, “você nem começou o ver tudo quanto há naquela planta”. Isto prosseguiu por quatro dias. Então, para surpresa sua, o aluno começou a ficar fascinado pelas veias da planta, seus arranjos, o canalzinho do estame. Era como se ele estivesse explorando um mundo inteiramente novo. Começou a compreender a observação de Rodin, o escultor: “A lentidão é beleza”.

Como esse estudante, necessitamos maior paciência no estudar as coisas profundas de Deus.

EXEMPLO  DE  PACIÊNCIA

O famoso cientista genovês, Abauzit, que no século XVIII surpreendeu seus contemporâneos pela excelência de seu saber, caracterizava-se também pela sua imensa bondade.

O fato a seguir mostra a medida de sua imensa paciência. Sua criada um dia atirou ao fogo, porque estavam amarelados e sujos, os papéis nos quais Abauzit havia anotado 27 anos de observações do barômetro. O sábio, cruzando os braços, lutou um instante contra sua justa indignação, e disse em tom muito calmo: “Você destruiu 27 anos de trabalho; de hoje em diante, não tire nada mais do meu escritório”.

Fé e Vida.

PERSEVERANÇA

Conta-se que certa vez Bruce estava na prisão desconsolado e desanimado por causa do peso da campanha que fizera para libertar seu povo. Meditava em deixar a luta quando foi atraído por uma aranha que procurava tecer uma teia; para fazer isto, tinha que estender um fio entre dois objetos num quarto, para base da teia. Em sua primeira tentativa caiu; mas voltou e outra vez lutou para cruzar o espaço entre os dois objetos e outra vez caiu. Prosseguiu, porém, lutando e caiu sete vezes; na oitava teve êxito e com o primeiro fio como base pôde construir sua teia com mais facilidade. Com este incidente, Bruce se animou de tal modo, que resolveu prosseguir avante, nunca deixar a campanha até que seu povo fosse liberto. Por fim ele venceu. – H.W. Beecher.

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