A maioria das pessoas está bem familiarizada com a fofoca. Já ouvimos, espalhamos e fomos vítimas dela. Os boatos têm uma característica perigosa. As pessoas não se sentem responsáveis pelo que transmitem como boato, e atribuir responsabilidades e prejuízos torna-se muito mais difícil. A fofoca percorre uma escala que vai de conversas de natureza íntima, pessoal e sensacionalista a afirmações que difamam e estragam a reputação ou a felicidade de alguém. Nossas conversas, geralmente, estão povoadas de críticas. O Senhor lista os fofoqueiros ao lado dos inimigos de Deus, dos desleais, dos insolentes e dos homicidas (Rm 1.28-32). A Bíblia é clara quantos aos prejuízos e consequências da fofoca e da maledicência.
Espalhar mentiras e também sair contando fatos verdadeiros parcial ou inteiramente pode também atrair a ira de Deus. Comentar algo a respeito de alguém que não ajude e nem edifique, pode ser considerado fofoca. Deus tem a fórmula adequada para lidar como indivíduo que se encontra em pecado (Mt 18.15). Devemos abordar a pessoa em questão, e ninguém mais, para dar início ao paciente processo de sua restauração diante de Deus, caso estejamos preocupados com sua felicidade eterna (Gl 6.1). Dar ouvidos a boatos é tão ruim quanto espalhar palavras perversas. A marca da maturidade espiritual é saber controlar a própria língua. A fofoca e a maledicência são armas de Satanás.
Na explanação de Paulo sobre o estilo de vida que as mulheres espiritualmente amadurecidas devem ter para ensinar as mais jovens, ele inclui uma advertência a respeito da maledicência, além de uma admoestação para que não acusem os outros e não sejam “caluniadores” nos relacionamentos. Nada é tão cortante como uma espada afiada do que a mágoa causada por palavras dolorosas.
A fofoca não é, jamais, um ato de bondade; ela diminui a pessoa sobre a qual se fala; ela degrada o cristão que a pratica; ela serve de tentação e de armadilha para o ouvinte que participa desse tipo de maldade.
