Malaquias – A Sacralidade da Família – Francisco A. Barbosa
TEXTO ÁUREO
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne“ (Gn 2.24). – No casamento, as prioridades de um homem mudam. As obrigações para com sua esposa tomam a precedência. Esta é uma linguagem de compromisso da aliança. Não há momento em que os seres humanos sejam mais semelhantes ao Deus mantenedor da aliança do que quando estes entram em aliança uns com os outros. O casamento retrata o relacionamento de Deus com o seu povo (Os 2.14-23; Ef 5.22-32) [a]
VERDADE PRÁTICA
É da vontade expressa de Deus que levemos a sério o nosso relacionamento com Ele, com a família e com a sociedade.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Malaquias 1.1; 2.10-16
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne“ (Gn 2.24). – No casamento, as prioridades de um homem mudam. As obrigações para com sua esposa tomam a precedência. Esta é uma linguagem de compromisso da aliança. Não há momento em que os seres humanos sejam mais semelhantes ao Deus mantenedor da aliança do que quando estes entram em aliança uns com os outros. O casamento retrata o relacionamento de Deus com o seu povo (Os 2.14-23; Ef 5.22-32) [a]
VERDADE PRÁTICA
É da vontade expressa de Deus que levemos a sério o nosso relacionamento com Ele, com a família e com a sociedade.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Malaquias 1.1; 2.10-16
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Explicar o contexto social, a estrutura e a mensagem do livro de Malaquias;
- Reconhecer quais são as implicações de um péssimo relacionamento familiar; e
- Conscientizar-se que é vontade de Deus vivermos um bom relacionamento na família e na sociedade.
Palavra Chave
Família: (latim família, -ae, os escravos e servidores que vivem sob o mesmo teto, as pessoas de uma casa) s. f. 1. Conjunto de todos os parentes de uma pessoa, e, principalmente, dos que moram com ela. 2. Conjunto formado pelos pais e pelos filhos.3. Conjunto formado por duas pessoas ligadas pelo casamento e pelos seus eventuais descendentes. 4. Conjunto de pessoas que têm um ancestral comum. 5. Conjunto de pessoas que vivem na mesma casa. 6. [Figurado] Raça, estirpe. 7. [Gramática] Conjunto de vocábulos que têm a mesma raiz ou o mesmo radical. 8. [História natural] Grupo de animais, de vegetais, de minerais que têm caracteres comuns.[b] 9. [Química] Grupo de elementos químicos com propriedades semelhantes. de família: familiar; íntimo; sem cerimônia. família miúda: filhos pequenos. [Religião] sagrada família: representação de Jesus com a Virgem Maria e S. José.
COMENTÁRIO
introdução
Finalmente irmãos, com a graça do Senhor, chegamos à última lição do quarto trimestre de 2012. Pela misericórdia do Senhor estivemos juntos durante estas 54 semanas, estudando A verdadeira prosperidade – A vida cristã abundante; cujo Comentarista foi o Pr José Gonçalves, depois As Sete Cartas do Apocalipse – A mensagem final de Cristo à Igreja, cujo Comentarista foi o Pr Claudionor de Andrade; no terceiro trimestre nós estudamos com o Pr Eliezer de Lira e Silva, o tema Vencendo as aflições da vida – Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas; e por fim, Os Doze Profetas Menores – Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo, comentadas pelo ilustre Pr Ezequias Soares. Especialmente neste último trimestre, tivemos a oportunidade de sermos confrontados com as mensagens dos profetas menores. Temas relevantes para o tempo que estamos vivendo. Hoje, veremos que a mensagem de Malaquias, um livro profético que faz descrições que mostram a necessidade de reformas antes da vinda do Messias. Por ser um livro curto e de acordo com a catalogação, Malaquias é o último dos profetas menores, tendo sido escrito por volta do ano 430 a.C., sendo que o seu nome não é citado em mais nenhum livro da Bíblia. O profeta Malaquias foi contemporâneo de Esdras e Neemias, no período após o exílio do povo judeu na Babilônia em que os muros de Jerusalém tinham sido já reconstruídos em 445 a.C., sendo necessário conduzir os israelitas da apatia religiosa aos princípios da lei mosaica. Os temas tratados na obra seriam o amor de Deus, o pecado dos sacerdotes, o pecado do povo e a vinda do Senhor. Nas últimas linhas deste livro do Antigo Testamento bíblico, vemos uma exortação de Deus às famílias: “converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos seus pais“. No término do livro de Malaquias convida-se ao arrependimento da família como alicerce da sociedade. Outro tema tratado no livro de Malaquias refere-se às ofertas e aos dízimos, nos versos de 7 a 12 do capítulo 3, passagem esta que é muito utilizada com o objetivo de se justificar com amparo bíblico a contribuição da décima parte das rendas dos fiéis de uma organização religiosa. Embora o dízimo tenha sido reconhecido desde a época de Moisés, nos dias de Malaquias os sacerdotes do templo recolhiam as ofertas e não repassavam para os levitas, para que eles pudessem utilizá-las para cuidar dos próprios levitas, dos órfãos, das viúvas e viajantes. E isso fez com que o profeta Malaquias iniciasse uma advertência a todos sobre o roubo do dízimo: “Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda.” (Ml 3.9). A tarefa dos pregadores não é outra senão a de transmitir a justa vontade de Deus aos homens. Através de Malaquias, Deus estava exigindo de Israel sinceridade e santidade, por ser a nação que Ele separou entre todas para que as bênçãos prometidas fossem derramadas sobre o seu povo. Tenham todos uma proveitosa e abençoada aula!
I. O LIVRO DE MALAQUIAS
1. Contexto histórico. O livro não menciona diretamente o reinado em que Malaquias exerceu seu ministério. Também não informa o nome do seu pai, nem o seu local de nascimento. Isso é observável também nos livros de Obadias e Habacuque. Não obstante, há evidências internas que permitem identificar o contexto político, religioso e social do livro em apreço. Ninguém sabe ao certo quem foi Malaquias. Seu nome significa “meu mensageiro” ou “mensageiro do Senhor”. É interessante notar que a palavra “mensageiro” ocorre três vezes no livro (ver 2.7 e 3.1). No entanto, esta dificuldade em identificar quem era Malaquias nos lembra de uma das primeiras regras do serviço de Cristo. Pregadores e comunicadores cristãos não são destinados a atrair a atenção para si, mas para o seu Salvador e seu evangelho. Não é o homem que importa, mas a sua mensagem (2Co 4.5).[7] Ao permanecer anônimo, as pessoas não pensam sobre o profeta, mas sobre o que Deus tem a dizer. Malaquias 1.1 identifica o autor do Livro de Malaquias como sendo o profeta Malaquias, escrito entre 440 e 400 aC. Embora não tenhamos mais informações no restante do Antigo Testamento a respeito do profeta, sua personalidade fica bem patente neste livro. Era um judeu da época pós-exílica, contemporâneo de Neemias, Esdras, Ageu e Zacarias. Talvez tenha sido um profeta sacerdotal. Suas firmes convicções a favor da fidelidade ao concerto (2.4,5,8,10), e contra a adoração hipócrita e mecânica (1.7-2.9), a idolatria (2.10-12), o divórcio (2.13-16) e o roubo de dízimos e ofertas (3.8-10), revelam um homem de rigorosa integridade e de intensa devoção a Deus. O ambiente espiritual e a negligência contra as quais Malaquias clamava, assemelhavam-se à situação que Neemias encontrara em Judá depois de ter voltado da Pérsia (cerca 433 – 425 a.C.), para servir como governador em Jerusalém pela segunda vez (Ne 13.4-30); A maioria dos eruditos afirmam ser razoável acreditar que Malaquias haja proclamado sua mensagem entre 430-420 a.C. a) O governador de Judá. (Heb. pehah; “sátrapa”, o atual “paxá”) este título hebraico é dado geralmente aos governadores das províncias. Foi dado a Neemias (Ne 5.14) e a Zorobabel (Ag 1.1). É, às vezes, traduzido por “capitão” (1Rs 20.24; Dn 3.2, 3), outras por “maiorais das províncias” (Et 8.9; 9.3). O título persa Tirshata, significa “Excelência” e é usado por Zorobabel (Ed 2.63; Ne 7.65,70) e Neemias (Ne 8.9; 10.2); ele não diz nada sobre a função de quem os usa. Pehah, possui de igual modo, vários significados: refere-se ao sátrapa, ao governador da província, ao comissário do governo. b) A indiferença religiosa. As principais denúncias de Malaquias são contra a lassidão e o afrouxamento moral dos levitas (1.6); o divórcio e o casamento com mulheres estrangeiras (2.10-16); e o descuido com os dízimos (3.7-12). Tudo isso aponta para o período em que Neemias ausentou-se de Jerusalém (Ne 13.4-13,23-28). O primeiro período de seu governo deu-se entre os anos 20 e 32 do rei Artaxerxes (Ne 5.14) e equivale a 445-433 a.C. “Ofereceis sobre meu altar pão imundo”; e, pior que isso, nem percebendo que estavam falhando, indagam: “Em que desprezamos nós o teu nome? (1.6); Em que te havemos profanados? (1.7). Será que nós não temos sido igualmente negligentes com o culto, com a Escola Bíblica Dominical, e com a obra missionária? Malaquias pregou contra muitos dos mesmos pecados que Neemias: Corrupção do sacerdócio (Ml 1.6-2.9; Ne 13.7-9); casamento com mulheres pagãs (Ml 2.10-12; Ne 13.23-28); injustiças sociais (Ml 3.5; Ne 5.1-13); e a negligência quanto aos dízimos (Ml 3.8-10; Ne 13.10-14). Mas o tema geral, que abre o livro, é a indiferença do povo diante do grande amor de Deus por eles.
COMENTÁRIO
introdução
Finalmente irmãos, com a graça do Senhor, chegamos à última lição do quarto trimestre de 2012. Pela misericórdia do Senhor estivemos juntos durante estas 54 semanas, estudando A verdadeira prosperidade – A vida cristã abundante; cujo Comentarista foi o Pr José Gonçalves, depois As Sete Cartas do Apocalipse – A mensagem final de Cristo à Igreja, cujo Comentarista foi o Pr Claudionor de Andrade; no terceiro trimestre nós estudamos com o Pr Eliezer de Lira e Silva, o tema Vencendo as aflições da vida – Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas; e por fim, Os Doze Profetas Menores – Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo, comentadas pelo ilustre Pr Ezequias Soares. Especialmente neste último trimestre, tivemos a oportunidade de sermos confrontados com as mensagens dos profetas menores. Temas relevantes para o tempo que estamos vivendo. Hoje, veremos que a mensagem de Malaquias, um livro profético que faz descrições que mostram a necessidade de reformas antes da vinda do Messias. Por ser um livro curto e de acordo com a catalogação, Malaquias é o último dos profetas menores, tendo sido escrito por volta do ano 430 a.C., sendo que o seu nome não é citado em mais nenhum livro da Bíblia. O profeta Malaquias foi contemporâneo de Esdras e Neemias, no período após o exílio do povo judeu na Babilônia em que os muros de Jerusalém tinham sido já reconstruídos em 445 a.C., sendo necessário conduzir os israelitas da apatia religiosa aos princípios da lei mosaica. Os temas tratados na obra seriam o amor de Deus, o pecado dos sacerdotes, o pecado do povo e a vinda do Senhor. Nas últimas linhas deste livro do Antigo Testamento bíblico, vemos uma exortação de Deus às famílias: “converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos seus pais“. No término do livro de Malaquias convida-se ao arrependimento da família como alicerce da sociedade. Outro tema tratado no livro de Malaquias refere-se às ofertas e aos dízimos, nos versos de 7 a 12 do capítulo 3, passagem esta que é muito utilizada com o objetivo de se justificar com amparo bíblico a contribuição da décima parte das rendas dos fiéis de uma organização religiosa. Embora o dízimo tenha sido reconhecido desde a época de Moisés, nos dias de Malaquias os sacerdotes do templo recolhiam as ofertas e não repassavam para os levitas, para que eles pudessem utilizá-las para cuidar dos próprios levitas, dos órfãos, das viúvas e viajantes. E isso fez com que o profeta Malaquias iniciasse uma advertência a todos sobre o roubo do dízimo: “Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda.” (Ml 3.9). A tarefa dos pregadores não é outra senão a de transmitir a justa vontade de Deus aos homens. Através de Malaquias, Deus estava exigindo de Israel sinceridade e santidade, por ser a nação que Ele separou entre todas para que as bênçãos prometidas fossem derramadas sobre o seu povo. Tenham todos uma proveitosa e abençoada aula!
I. O LIVRO DE MALAQUIAS
1. Contexto histórico. O livro não menciona diretamente o reinado em que Malaquias exerceu seu ministério. Também não informa o nome do seu pai, nem o seu local de nascimento. Isso é observável também nos livros de Obadias e Habacuque. Não obstante, há evidências internas que permitem identificar o contexto político, religioso e social do livro em apreço. Ninguém sabe ao certo quem foi Malaquias. Seu nome significa “meu mensageiro” ou “mensageiro do Senhor”. É interessante notar que a palavra “mensageiro” ocorre três vezes no livro (ver 2.7 e 3.1). No entanto, esta dificuldade em identificar quem era Malaquias nos lembra de uma das primeiras regras do serviço de Cristo. Pregadores e comunicadores cristãos não são destinados a atrair a atenção para si, mas para o seu Salvador e seu evangelho. Não é o homem que importa, mas a sua mensagem (2Co 4.5).[7] Ao permanecer anônimo, as pessoas não pensam sobre o profeta, mas sobre o que Deus tem a dizer. Malaquias 1.1 identifica o autor do Livro de Malaquias como sendo o profeta Malaquias, escrito entre 440 e 400 aC. Embora não tenhamos mais informações no restante do Antigo Testamento a respeito do profeta, sua personalidade fica bem patente neste livro. Era um judeu da época pós-exílica, contemporâneo de Neemias, Esdras, Ageu e Zacarias. Talvez tenha sido um profeta sacerdotal. Suas firmes convicções a favor da fidelidade ao concerto (2.4,5,8,10), e contra a adoração hipócrita e mecânica (1.7-2.9), a idolatria (2.10-12), o divórcio (2.13-16) e o roubo de dízimos e ofertas (3.8-10), revelam um homem de rigorosa integridade e de intensa devoção a Deus. O ambiente espiritual e a negligência contra as quais Malaquias clamava, assemelhavam-se à situação que Neemias encontrara em Judá depois de ter voltado da Pérsia (cerca 433 – 425 a.C.), para servir como governador em Jerusalém pela segunda vez (Ne 13.4-30); A maioria dos eruditos afirmam ser razoável acreditar que Malaquias haja proclamado sua mensagem entre 430-420 a.C. a) O governador de Judá. (Heb. pehah; “sátrapa”, o atual “paxá”) este título hebraico é dado geralmente aos governadores das províncias. Foi dado a Neemias (Ne 5.14) e a Zorobabel (Ag 1.1). É, às vezes, traduzido por “capitão” (1Rs 20.24; Dn 3.2, 3), outras por “maiorais das províncias” (Et 8.9; 9.3). O título persa Tirshata, significa “Excelência” e é usado por Zorobabel (Ed 2.63; Ne 7.65,70) e Neemias (Ne 8.9; 10.2); ele não diz nada sobre a função de quem os usa. Pehah, possui de igual modo, vários significados: refere-se ao sátrapa, ao governador da província, ao comissário do governo. b) A indiferença religiosa. As principais denúncias de Malaquias são contra a lassidão e o afrouxamento moral dos levitas (1.6); o divórcio e o casamento com mulheres estrangeiras (2.10-16); e o descuido com os dízimos (3.7-12). Tudo isso aponta para o período em que Neemias ausentou-se de Jerusalém (Ne 13.4-13,23-28). O primeiro período de seu governo deu-se entre os anos 20 e 32 do rei Artaxerxes (Ne 5.14) e equivale a 445-433 a.C. “Ofereceis sobre meu altar pão imundo”; e, pior que isso, nem percebendo que estavam falhando, indagam: “Em que desprezamos nós o teu nome? (1.6); Em que te havemos profanados? (1.7). Será que nós não temos sido igualmente negligentes com o culto, com a Escola Bíblica Dominical, e com a obra missionária? Malaquias pregou contra muitos dos mesmos pecados que Neemias: Corrupção do sacerdócio (Ml 1.6-2.9; Ne 13.7-9); casamento com mulheres pagãs (Ml 2.10-12; Ne 13.23-28); injustiças sociais (Ml 3.5; Ne 5.1-13); e a negligência quanto aos dízimos (Ml 3.8-10; Ne 13.10-14). Mas o tema geral, que abre o livro, é a indiferença do povo diante do grande amor de Deus por eles.
2. Vida pessoal de Malaquias. A expressão “pelo ministério de Malaquias” (1.1) é tudo o que sabemos sobre sua vida pessoal. A forma hebraica do seu nome é mal’achi, que significa “meu mensageiro”. Clique aqui para ler o texto completo »
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