A realidade da luta espiritual
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A realidade da luta espiritual

A realidade da luta espiritual

 

Efésios 6.10-24

A carta aos Efésios apresenta o povo mais abençoado da terra: a igreja. Este povo é abençoado com incontáveis bênçãos espirituais em Cristo. Nele fomos eleitos, redimidos, adotados, santificados e selados com o Espírito Santo. Nele foi constituído um novo povo de Deus, um novo Israel, uma nova unidade social.

Ao encerrar a carta, Paulo lembra aos irmãos que a igreja tem um inimigo infernal empenhado em sua destruição. “Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.10-12). Nestes versos aprendemos quatro lições sobre a realidade da batalha espiritual:

A vida cristã é uma guerra.

Quando somos convertidos, temos paz com Deus (Rm 5.1) e desfrutamos da paz de Deus (Jo 14.27). A vida cristã, porém, é uma guerra, um grande combate, uma vida de lutas e tribulações (Jo 16.33). A causa desta guerra é que vivemos numa sociedade que está em rebelião contra Deus, num mundo que jaz no maligno (Jo 16.11; 1Jo 2.15-17). O causador desta guerra é Satanás, e os seus comparsas. Ele lidera ataques espirituais contra o cristão e persegue a igreja de maneira implacável (Ap 12.13-18).

A vida cristã é uma guerra contra poderes espirituais.

Paulo ensina que a guerra do cristão não é contra pessoas, mas contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. John Stott destaca três características principais destes inimigos: Eles são poderosos (Jo 12.31), malignos (os agentes secretos do mal) e astutos ou inteligentes para enganar (2Co 11.14). A principal cilada que o diabo utiliza é fazer com que as pessoas não acreditem na sua existência.

Há possibilidade de sermos derrubados nesta guerra.

O objetivo do diabo e das forças espirituais do mal é derrubar o cristão, é prejudicar o relacionamento do crente com Deus. Para isso, ele arma ciladas e lança dardos inflamados para destruir o crente. As principais ciladas são: lançar dúvidas sobre o caráter e a Palavra de Deus (Gn 3); lançar dúvidas sobre a nossa filiação espiritual (Mt 4.1-11); levantar perseguição contra os crentes, principalmente, os líderes (At 12.1-8; Ap 2.10).

Qualquer crente pode cair em uma das suas ciladas. Jesus adverte-nos: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). A carne ou a nossa natureza humana não tem poder suficiente para resistir ao pecado. “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1Co 10.12).

Deus oferece-nos recursos para vencermos esta guerra.

A quarta lição que este texto nos ensina é que podemos vencer esta guerra, utilizando as armas que Deus nos proporciona: “Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo”. Observe que Paulo fala de duas armas: o poder do Senhor e a armadura de Deus. Não devemos enfrentar as forças demoníacas utilizando a nossa habilidade humana, mas o poder de Deus. Este poder foi o mesmo que ressuscitou a Cristo e o exaltou (Ef 1.19). Este poder está a nossa disposição. Também devemos utilizar a roupa adequada de um guerreiro, a armadura de Deus.

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