Vendendo tudo com alegria
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Vendendo tudo com alegria

Vendendo tudo com alegria

 

É verdade que servir a Cristo exige muitos sacrifícios. Mas Jesus nos encoraja a entender o que recebemos de volta.

Imagine, por favor, que você tenha que vender tudo o que possui . . . hoje! Isto significa casa, carro, roupas, jóias, móveis, recordações, tudo. Pense em como isso seria triste. Que dia horrível! Mas Jesus falou de homens que liquidaram suas posses alegremente. Veja o porquê:

“O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo. O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra” (Mateus 13:44-46).

Imagine que acrescentemos uma outra parte ao quadro descrito acima. Vendendo tudo hoje, ganharemos o dinheiro necessário para comprar um tesouro valendo bilhões de reais. Pense que maravilha seria. Que grande dia!

Estas parábolas de Jesus ilustram verdades espirituais. Algumas vezes, cristãos se tornam tristes e deprimidos, pensando em todos os sacrifícios que têm que fazer para servir a Cristo. E é verdade que servir a Cristo exige muitos sacrifícios. Mas Jesus nos encoraja a entender o que recebemos de volta. O que vale mais: um bilhão de reais ou um lar no céu? Portanto, os discípulos de Cristo devem deixar o que for necessário, com alegria; o que eles ganham ultrapassa em muito os sacrifícios.

“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas cousas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (2 Coríntios 4:16-18).

­por Gary Fisher

UM CONVITE À ALEGRIA

A questão levantada pelos discípulos de João sobre os modos festivos  de Jesus e seus discípulos num tempo que eles viam como cheio de   tragédia (Mateus 9; Marcos 2; Lucas 5) mais tarde apareceu numa inquirição queixosa do próprio prisioneiro João: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Mateus 11:3). Era o grito ansioso de alguém cujos sofrimentos tinham-no aparentemente feito duvidar por um momento do próprio Rei e do reino que ele próprio tinha proclamado. Depois de responder a pergunta de João, Jesus falou de sua incomparável grandeza à multidão reunida e então repreendeu-a, observando que eram pessoas como crianças teimosas em seus jogos, que se recusavam a brincar de casamento ou de funeral (Mateus 11:16-19). João tinha vindo jejuando e vivendo isolado e eles tinham dito que ele era possuído por um demônio. Jesus veio festejando e vivendo livremente entre eles, e tinham se queixado que ele era glutão e comparsa de pecadores!

É inquestionável que Jesus identificava sua missão e sua mensagem como sendo de alegria. Ele é o verdadeiro noivo que nos convidou para uma festa de casamento. Ele veio trazer paz aos perturbados, perdão para os culpados, alegria para os abatidos, liberdade para os escravizados (Isaías 61:1-3). A mensagem e o jejum de João e seus discípulos tinham sido inteiramente apropriados a tempo — e ainda é — quando homens e mulheres, em sua teimosia e orgulho, precisam arrepender-se e humilhar-se diante de um santo e justo Deus. Mas não faz sentido para aqueles que se arrependeram em profundo remorso continuar o funeral quando “… o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” chegou (João 1:29).

É irônico que foi o próprio João Batista que antes tinha dito, “Eu não sou o Cristo…. o amigo do noivo que está presente e o ouve muito se regozija por causa da voz do noivo. Pois esta alegria já se cumpriu em mim. Convém que ele cresça e que eu diminua” (João 3:28-30). Por que estavam os discípulos deste próprio João jejuando e lastimando? Porque ainda não tinham crido que Jesus era o Cristo de Deus. Em suas mentes duvidosas, o “noivo” ainda não estava com eles. Diferindo do seu mestre, ainda não tinham chegado a saber e regozijar nele.

Ainda há pessoas que têm dificuldade para passar de João a Jesus. É certamente verdade quanto aos membros do partido “Batista”, que defendem seu nome e espírito sectário apelando para João Batista, ao invés de Cristo. Pode ter sido uma vez apropriado ser um discípulo do Batista mas, agora que o próprio Filho de Deus veio, isso é totalmente sem justificação (Atos 19:1-5). João teria sido o primeiro a reprová-lo. Atos 11:26 diz: “foram os discípulos… chamados cristãos”.

O mesmo é verdade quanto a todos os que reverenciam homens que falam de Cristo, acima do próprio Cristo. Não há, absolutamente, nenhuma defesa para homens alegremente chamando-se luteranos ou wesleyanos, e outras coisas, ou, mais sutilmente, tranqüilamente estimando pregadores contemporâneos e seus julgamentos acima da pessoa e vontade de Deus. “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”

(1 Coríntios 1:31; veja 1:11-13).

Mas há um problema, ainda mais fundamental, abordado na resposta de Jesus aos discípulos de João. Jesus disse que estar com ele era ter alegria. Contudo, há cristãos que aceitaram o convite para a festa de casamento do Senhor, mas parece que não estão querendo sair da marcha fúnebre. Eles parecem determinados a viver em perpétua aflição e desespero pelas suas imperfeições e fracassos. O convite do Senhor para comemorar e exultar em sua misericórdia certamente não é chamar para viver com ocasional indiferença pelo pecado, nem é também um chamado para um perpétuo bater nos peitos, uma vez que nos arrependemos e buscamos seu magnânimo amor.

Não é adequado que cristãos vivam na presença do próprio Senhor como povo derrotado e desesperado. Tal comportamento se torna uma injúria contra sua benignidade.

Não é adequado também que o povo de Deus tenha que servi-lo como “escravos indo açoitados para o seu calabouço”, cumprindo seu serviço a Ele como um dever oneroso e opressivo. Tal conduta é uma difamação de sua graça, uma acusação que desonra seu amor. Para viver verdadeiramente na feliz companhia do Filho de Deus terá de saber que seu jugo é suave e seu fardo é leve (Mateus 11:30).

Pode não ser possível, na verdade, dominar uma emoção, mas é possível decidir olhar sinceramente para as grandes verdades sobre Deus que, se assim fizermos, nos trarão alegria inevitável. Assim Paulo diz aos filipenses, “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Filipenses 4:4). Simplesmente, não é certo para os cristãos estarem perpetuamente tristes e desconsolados, quaisquer que sejam suas cargas. Paulo está certo em dizer que há bastante alegria em Cristo para suplantar completamente todas as nossas tristezas. Como o próprio nosso Senhor disse, há algumas coisas que justamente não são adequadas quando estamos vivendo na amável companhia do Rei do universo.

Paul Earnhart

A Capacidade de nos Alegrar

“Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo.” – Salmo 27:4

Nossos corações são recipientes criados divinamente, feitos de propósito para receber a alegria com a qual Deus quer preenchê-los. É verdade, como disse Bernard de Clairvaux, que “a beleza é o direito de nascença da alma”. Mesmo que tenhamos danificado o nosso gosto por coisas divinas através de negligência e abuso, ainda nos encontramos “surpresos pela alegria”, como colocou C. S. Lewis. Quando passarmos por estes momentos de alegria autêntica, somos lembrados do bom propósito para o qual fomos criados. E também somos lembrados da insensatez que nos afastou do Deus que nos concedeu os nossos corações. Deus não se deixou “ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo o vosso coração de fartura e de alegria” (Atos 14:17).

A respeito deste mundo temporal e da nossa capacidade de gozar as coisas boas, Salomão disse que é correto “regozijarmos”. Ele disse que “é dom de Deus que possa o homem comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho” (Eclesiastes 3:12-13). Mas, mais importante que o aproveitar em si, Salomão também observou que “tudo fez Deus formoso no seu devido tempo” e colocou a “eternidade” em nossos corações (Eclesiastes 3:11). A alegria ilimitada que tanto nos intriga agora é uma dica maravilhosa daquilo que vem pela frente por aqueles que buscam diligentemente a Deus. Tendo recebido a capacidade de sentir o gosto da eternidade, agora estamos sendo puxados a ele.

Não houve já vezes em que sentimos uma alegria que nos surpreendeu, vezes em que descobrimos que há mais alegria acessível a nós do que imaginávamos? Essas realizações alegres devem nos intrigar e nos instruir. Devem sugerir a vastidão daquilo que pode ser nosso através de Deus e estimular nosso apetite para coisas espirituais. “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2:9). Fomos feitos para muito mais do que já recebemos. Por que tão freqüentemente negamos e resistimos ao Deus que nos deu a nossa capacidade de nos alegrar?

Nosso Criador nunca teria feito dias tão lindos, nem teria concedido-nos corações profundos para gozarmos deles, a não ser que fôssemos imortais. (Nathaniel Hawthorne)

Gary Henry

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