Sete sinais da volta de Jesus Cristo
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Sete sinais da volta de Jesus Cristo

Sete sinais da volta de Jesus Cristo

As declarações de Jesus sobre a vinda do Filho do Homem (Mt 24) revelam que ela abrange dois aspectos. A vinda do Filho do Homem refere-se, tanto à primeira fase da sua volta, numa data desconhecida, antes da tribulação (Ap 3.10) para buscar os santos da igreja, isto é, o arrebatamento (Jo 14.3; 1Ts 4.14), como também à segunda fase da sua vinda, que ocorrerá depois da tribulação, para julgar os ímpios e recolher os justos no seu reino (Ap 19.11 20.4). Que Cristo se referiu a dois eventos, tanto à sua volta imprevisível, como também à sua volta previsível, vê-se pelo fato que Ele cita três diferentes categorias de pessoas nos versículos 37-44 de Mateus 24, ilustrando os dias de Noé. As três categorias de pessoas e seu relacionamento com a vinda de Cristo são: As vítimas do dilúvio nos dias de Noé, representando os descrentes da tribulação. Não sabem a ocasião da volta de Cristo e estão despreparados. Serão destruídos no tempo do fim (Mt 24.38,39,43; Lc 17.26-29). Trata-se de uma referência à segunda fase da sua volta depois da tribulação. Noé, representando os crentes da tribulação. Por causa dos sinais do tempo do fim, os santos da tribulação sabem, quase exatamente, o momento da volta do Senhor, e estarão preparados e serão salvos. A ocasião da volta de Cristo para eles ocorre no tempo previsto (Mt 24. 27; Gn 7.4). Aqui se trata da segunda fase da volta de Cristo, depois da tribulação. Os discípulos de Jesus. Eles representam os crentes dos nossos dias, isto é, os crentes da igreja, antes da tribulação, que não saberão o tempo da volta de Cristo para levá-los ao céu (Mt 24.42,44; Jo 14.3; 1Ts 4.14). Não haverá sinais específicos precedendo a vinda do Senhor para buscá-los, pois Cristo declara que ela ocorrerá inesperadamente (Mt 24.42,44). Note que Jesus assemelha os discípulos (isto é, os santos da igreja), não com Noé (isto é, os crentes da tribulação), mas com o povo do dilúvio (não o perceberam Mt 24.39), com não sabeis (Mt 24.42). Isto porque os santos da igreja, em certo sentido, assemelham-se ao povo do dilúvio. Eles não saberão o tempo da volta de Cristo e, semelhantemente, serão surpreendidos quando Ele vier. Devem, portanto, aplicar toda a diligência a fim de estarem prontos para qualquer momento (Mt 24.44).
1 Textos bíblicos comprobatórios
(a) “E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será
como uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações” (Dn 9.26).
(b) “E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro” (Dn 12.1).
(c) “Dia de trevas e de tristeza, dia de nuvens e de trevas espessas; como a alva espalhada sobre os montes, povo grande e poderoso, qual desde o tempo antigo nunca houve, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração” (Jl 2.2).
(d) “Porque haverá, então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” (Mt 24.21).
(e) “E um dos anciãos me
falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (Ap 7.13,14).
2 Sinais especiais que ocorrerão durante a grande tribulação
Começado com Mt 24.15 [“Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, que entenda”)], Jesus trata de sinais especiais que ocorrerão durante a grande tribulação (as expressões “grande aflição” de Mt 24.21, e “grande tribulação” de Ap 7.13,14, são idênticas no grego). Tais sinais indicam que o fim dos tempos está muito próximo (Mt 24.15-29).
O maior desses sinais é “a abominação da desolação” (Mt 24.15), um fato específico e visível, que adverte os fiéis vivos, durante a grande tribulação, de que a vinda de Cristo à terra está prestes a ocorrer. Esse sinal-evento, visível, relacionar-se-á principalmente com a profanação do templo judaico daqueles dias em Jerusalém, pelo Anticristo. O Anticristo, também chamado o homem do pecado, colocará uma imagem dele mesmo no templo de Deus, declarando ser ele mesmo Deus (2Ts 2.3,4; Ap 13.14,15).
3 Sinais para os crentes da Grande Tribulação
(a) Se os santos da tribulação atentarem para o fator tempo desse evento (“Quando, pois, virdes”, Mt 24.15), poderão saber com bastante aproximação quando terminará a tribulação, época em que Cristo voltará à terra. O decurso de tempo entre esse evento e o fim dos tempos é mencionado quatro vezes nas Escrituras como sendo de três anos e meio ou 1260 dias (Dn 9.25-27; Ap 11.1,2; 12.6; 13.5-7).
(b) Por causa da grande expectativa da volta de Cristo (Mt 24.33), os santos daqueles dias devem acautelar-se quanto a informes afirmando que Cristo já voltou. Tais informes serão falsos (Mt 24.23-26). A “vinda do filho do homem” depois da tribulação será visível e conhecida de todos os que viverem no mundo (Mt 24.27-30; Ap 1.7).
4 Elementos abrangentes
(a) Esse tempo de tribulação envolve a ira de Deus sobre os ímpios (Ap 6.17; Dt 4.26-31; Is 13.6-13; 17.4-11; Jr 30.4-11; Ez 20.33-38; Dn 9.27; 12.1; Zc 14.1-4; Mt 24.9-31).
(b) Esse período de provação também inclui a ira de Satanás contra os fiéis, isto é, contra os que aceitarem a Cristo durante esse período terrível. Para eles, haverá fome, sede, exposição às intempéries e muito sofrimento e lágrimas (Dn 12.10; Mt 24.15-21). Experimentarão de modo indireto as catástrofes naturais da guerra, da fome e da morte. Serão perseguidos, torturados e muitos sofrerão o martírio (Ap 6.11; 13.7; 14.13). Sofrerão as assolações de Satanás e das forças demoníacas (Ap 9.3-5;12.12), violência de homens ímpios e perseguição da parte do Anticristo (Ap 6.9;12.17; 13.15-17). Perderão suas casas e terão de fugir, aterrorizados (Mt 24.15-20). Será um período terrivelmente calamitoso para quem tiver família e filhos (Mt 24.19); será tão terrível, que os santos que morrerem são tidos por bem-aventurados, porque descansam da sua lida e ficam livres da perseguição (Ap 14.13).
(c) A Grande Tribulação será de âmbito mundial: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10).
(d) Será o pior tempo de aflição e angústia que já ocorreu na história da humanidade, “porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria, mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias” (Mt 24.21,22).
(e) Será um tempo terrível de sofrimento para os judeus. “Perguntai, pois, e vede se um homem tem dores de parto. Por que, pois, vejo a cada homem com as mãos sobre os lombos, como a que está dando à luz? E por que se têm tornado macilentos todos os rostos? Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela” (Jr. 30.5-7).
(f) “O período será controlado pelo “homem do pecado” (isto é, o Anticristo), “E ele firmará um concerto com muitos por uma semana [sete anos]; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador” (Dn 9.27).
(g) Durante o período da tribulação, muitos entre os judeus e gentios crerão em Jesus Cristo e serão salvos, “Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então, no fim de dias, te virarás para o SENHOR, teu Deus, e ouvirás a sua voz. Porquanto o SENHOR, teu Deus, é Deus misericordioso, e não te desamparará, nem te destruirá, nem se esquecerá do concerto que jurou a teus pais” (Dt 4.30, 31).
(h) Será um tempo de ira de Deus e juízo seu contra os ímpios, “E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder” (2Ts 1.7-9).
(i) A declaração de Jesus de que aqueles dias serão abreviados (Mt 24.22) não pressupõe a redução dos três anos e meio, ou 1260 dias preditos. Pelo contrário parece indicar que o período é tão terrível que se não fosse de curta duração a totalidade da raça humana seria destruída.
(j) A grande Tribulação terminará quando Jesus Cristo vier em glória, com sua noiva (Ap 19.7,8,14), para efetuar o livramento dos fiéis remanescentes e juízo e destruição dos ímpios (Ez 20.34-38; Ap 19.11-21).
(k) O trecho principal das Escrituras que descreve a totalidade da tribulação de sete anos de duração é encontrado em Ap 6-17.
(l) A falsa religião – a prostituta – rejeitará o Evangelho de Cristo e dos apóstolos (2Tm 3.5; 4.3; Mt 24.24). Ela se alinhará com os poderes e a filosofia de “Babilônia” isto é, o estilo de vida do mundo com sua imortalidade. Os poderes político e religioso se unirão para apoderar-se do controle espiritual das nações. Seus líderes perseguirão os verdadeiros seguidores de Cristo. Ela era uma miscelânea de religiões de credos, sem preocupação com a doutrina bíblica; seu principal interesse estará em conquistar as massas e na adoração dos seus sistemas, valores e objetivos religiosos. Ela se tomará moradia dos demônios, e abrigo de todo espírito imundo” (Ap 18.2; Is 47.12,13). A todos os verdadeiros crentes se lhes ordena que saiam de “Babilônia”, para que não sejam condenados com ela.
(m) Igreja apóstata (Ap 17.1), a Grande prostituta. Trata-se da Babilônia religiosa, e abrange todas as religiões falsas, inclusive o cristianismo apóstata. Na Bíblia, os termos prostituição e adultério, quando empregados figuradamente, normalmente denotam apostasia religiosa e infidelidade a Deus (Is 1.21; Jr 3.9; Ez 16.14-18; Tg 4.4), e sig
nifica um povo que professa servir a Deus enquanto, na realidade, adora e serve a outros deuses.
(n) Imediatamente após a tribulação haverá sinais cósmicos assombrosos que precederão o aparecimento imediato de Cristo. A volta de Cristo à terra com poder e grande glória não surpreenderá nenhum santo, da tribulação, atento à Palavra de Deus e aos sinais cósmicos relacionados com o sol, a lua, as estrelas e o abalamento das potências dos céus (Is 13.6-13).
(o) Mateus 24.30 descreve o aparecimento de Cristo nos céus, depois da tribulação, precedido dos sinais. Ele vem com juízo contra os ímpios (Ap 19.11 20.3), para livrar os seus fiéis e para estabelecer a justiça na terra (Ap 20.4). Todos os crentes que foram arrebatados da terra para o céu, voltarão com Cristo na sua vinda com poder e grande glória (Ap 19.14).
5 O período do anticristo
“Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (2Ts 2.3,4).
Segundo a Bíblia, está para vir o Anticristo (1Jo 2.18); aquele que trama o derradeiro ataque furioso de Satanás contra Cristo e os santos, pouco antes do tempo em que nosso Senhor Jesus Cristo estabelecerá o seu reino na terra. As expressões que a Bíblia usa para o Anticristo são “o homem de pecado” e “o filho da perdição” (2Ts 2.3). Outras expressões usadas na Bíblia são “a besta que sobe do mar” (Ap 13.1-10), a “besta de cor escarlate” (Ap 17.3) e “a besta” (Ap 17.8, 16; 19.19,20; 20.10).
6 Sinais da vinda do anticristo
Diferente do arrebatamento, a vinda do Anticristo não ocorrerá sem sinais precursores. Pelo menos três eventos deverão ocorrer antes dele surgir na terra: o “mistério da injustiça” que já opera no mundo, deverá intensificar-se (2Ts 2.7); virá a “apostasia” (2Ts 2.3); “um que, agora, resiste”, deve ser afastado (2Ts 2.7). O “mistério da injustiça”, isto é, a atividade secreta dos poderes do mal, ora evidente no mundo inteiro, aumentará até alcançar seu ponto máximo na total zombaria e desprezo a qualquer padrão ou preceito bíblicos. Por causa do predomínio da iniqüidade, o amor de muitos esfriará (Mt 24.10-12; Lc 18.8). Mesmo assim, um remanescente fiel permanecerá leal à fé apostólica conforme revelada no Novo Testamento (Mt 24.13; 25.10; Lc 18.7; Ap 2.7).
Por meio desses fiéis, a igreja permanecerá batalhando e manejando a espada do Espírito até ser arrebatada (Ef 6.11). Ocorrerá a “apostasia” (gr. apostasia), que literalmente significa “desvio’’, “afastamento’’, “abandono’’ (2Ts 2.3). Nos últimos dias, um grande número de pessoas da igreja apartar-se-á da verdade bíblica. Tanto o apóstolo Paulo quanto Cristo revelam um quadro difícil da condição de grande parte da igreja — moral, espiritual e doutrinariamente — à medida que a era presente chega ao seu fim (Mt 24.5, 10-13, 24; 1Tm 4.1; 2Tm 4.3,4). Paulo, principalmente, ressalta que nos últimos dias elementos ímpios ingressarão nas igrejas em geral.
Essa “apostasia” dentro da igreja terá duas dimensões. A apostasia teológica, que é o desvio de parte ou totalidade dos ensinos de Cristo e dos apóstolos, ou a rejeição deles (1Tm 4.1; 2Tm 4.3). Os falsos dirigentes apresentarão uma salvação fácil e uma graça divina sem valor, desprezando as exigências de Cristo quanto ao arrependimento, à separação da imoralidade, e à lealdade a Deus e seus padrões (2Pe 2.1-3,12-19). Os falsos evangelhos, voltados a interesses humanos, necessidades e alvos egoístas, gozarão de popularidade.
A apostasia moral, que é o abandono da comunhão salvífica com Cristo e o envolvimento com o pecado e a imoralidade. Esses apóstatas poderão até anunciar a sã doutrina bíblica, e mesmo assim nada terem com os padrões morais de Deus (Is 29.13; Mt 23.25-28). Muitas igrejas permitirão quase tudo para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (1Tm 4.1). O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por Cristo (Fp 1.29), de renunciar todo pecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo reino de Deus e de renunciar a si mesmo será algo raro (Mt 24.12; 2Tm 3.1-5; 4.3).
Tanto a história da igreja, como a apostasia predita para os últimos dias, advertem a todo crente a não pressupor que o progresso do reino de Deus é infalível na sua continuidade, no decurso de todas as épocas e até o fim. Em determinado momento da história da igreja, a rebelião contra Deus e sua Palavra assumirá proporções espantosas. No dia do Senhor, cairá a ira de Deus contra os que rejeitarem a sua verdade (1Ts 5.2-9).
O triunfo final do reino de Deus e sua justiça no mundo, portanto, depende não do aumento gradual da igreja professa, mas da intervenção final de Deus, quando Ele se manifestará ao mundo com justo juízo (Ap 19—22; 2Ts 2.7,8; 1Tm 4.1; 2Pe 3.10-13; Jd).
Um evento determinante deverá ocorrer antes do aparecimento do “homem do pecado” e do Dia do Senhor começar (2Ts 2.2,3), que é a saída de alguém (2Ts 2.7) ou de algo, que “detém”, resiste, ou refreia o “mistério da injustiça” e o “homem do pecado” (2Ts 2.3-7). Quando o restringidor do “homem do pecado’’ for retirado, então poderá começar o Dia do Senhor (2Ts 2.6,7).
O que agora o detém é, sem dúvida, uma referência ao Espírito Santo, pois somente Ele tem poder de deter a iniqüidade, o homem do pecado e Satanás (2Ts 2.6). Esse que agora o detém ou resiste (2Ts 2.7), leva no grego o artigo definido masculino e ao mesmo tempo o artigo definido neutro, em 2Ts 2.6 (“o que o detém”). De modo semelhante, a palavra “Espírito” na língua grega pode levar pronome masculino ou neutro (Gn 6.3; Jo 16.8; Rm 8.13; Gl 5.17).
No começo dos sete anos de tribulação, o Espírito Santo será “afastado” (2Ts 2.7). Isso não significa ser Ele tirado do mundo, mas que cessará sua influência restritiva à iniqüidade e ao surgimento do Anticristo. Todas as restrições contra o pecado serão removidas, e começará a rebelião inspirada por Satanás. O Espírito Santo, todavia, agirá na terra durante a tribulação, convencendo pessoas dos seus pecados, convertendo-as a Cristo e dando-lhes poder (Ap 7.9, 14; 11.1-11; 14.6,7).
Retirando-se o Espírito Santo, cessará a inibição à aparição do “homem do pecado”, no cenário terreno (2Ts 2.3,4). Deus então liberará uma influência poderosa enganadora sobre todos os que se recu
sam a amar a verdade de Deus; os tais aceitarão as imposturas do homem do pecado, e a sociedade humana descerá a uma depravação jamais vista.
A ação do Espírito Santo restringindo o pecado é levada a efeito em grande parte através da igreja, que é o templo do Espírito Santo (1Co 3.16; 6.19). Por isso, muitos expositores da Bíblia acreditam que a saída do Espírito Santo é uma clara indicação de que o arrebatamento dos santos ocorrerá nessa ocasião (1Ts 4.17). Noutras palavras, a volta de Cristo, para levar a igreja e livrá-la da ira vindoura (1Ts 1.10), ocorrerá antes do início do Dia do Senhor e da manifestação do “homem do pecado”.
Entende-se, nos meios eruditos da Bíblia, que o restringente em 2Ts 2.6, refere-se ao Espírito Santo e seu ministério de conter a iniqüidade, ao passo que em 2Ts 2.7, “um que, agora” (no gênero masculino) refere-se aos crentes reunidos a Cristo e tirados daqui, isto é, arrebatados ao encontro do Senhor nos ares, a fim de estarem sempre com Ele (1Ts 4.17).
7 As atividades do anticristo
Ao começar o Dia do Senhor, “o iníquo” aparecerá neste mundo. Trata-se, nos meios eruditos da Bíblia, de um governante mundial que fará aliança com Israel por sete anos, antes do fim da presente era (Dn 9.27).
A verdadeira identificação do Anticristo será conhecida três anos e meio mais tarde, quando ele romper sua aliança com Israel, tornar-se governante mundial, declarar ser Deus, profanar o templo de Jerusalém, proibir a adoração a Deus (2Ts 2.4, 8,9) e assolar a terra de Israel (Dn 9.27; 11.36-45).
O Anticristo declarará ser Deus, e perseguirá severamente quem permanecer leal a Cristo (Ap 11.6,7; 13.7, 15-18; Dn 7.8, 24,25). Exigirá adoração, certamente sediada num grande templo que será usado como centro de seus pronunciamentos (Dn 7.8, 25; 8.4; 11.31, 36). O homem aspira tornar-se divino desde a criação (2Ts 2.8; Ap 13.8,12). O “homem do pecado’’ fará mediante poder satânico, grandes sinais, maravilhas e milagres a fim de propagar o engano (2Ts 2.9). “Prodígios de mentira” significa que seus milagres são sobrenaturais, parecendo autênticos, para enganar as pessoas e levá-los a crer na mentira. Tais demonstrações possivelmente serão vistas no mundo inteiro, pela televisão. Milhões de pessoas ficarão impressionadas, enganadas por esse líder altamente convincente, por não darem a devida importância à Palavra de Deus nem ter amor às suas verdades (2Ts 2.9-12). Tanto as palavras de Paulo (2Ts 2.9), quanto as de Jesus (Mt 24.24) devem despertar os crentes para o fato de que nem todo milagre provém de Deus. Aparentes “manifestações do Espírito” (1Co 12.7-10) ou fenômenos supostamente vindos da parte de Deus devem ser provados à base da obediência a Cristo e às Escrituras, por parte da pessoa atuante.
8 A derrota do anticristo
No fim da tribulação, Satanás congregará muitas nações no Armagedom, sob o comando do Anticristo, e guerrearão contra Deus e o seu povo numa batalha que envolverá o mundo inteiro (Dn 11.45; Ap 16.16). Quando isso ocorrer, Cristo voltará e intervirá de modo sobrenatural, destruindo o Anticristo, seus exércitos e todos os que não obedecem ao evangelho (Ap 19.15-21). A seguir, Cristo prenderá Satanás e estabelecerá seu reino na terra (Ap 20.1-6).
9 Segunda fase da vinda de Cristo
Quando Jesus Cristo voltar à terra, depois da tribulação, ocorrerão os seguintes eventos: o juízo divino sobre os ímpios (Ap 19.11-21), sobre o Anticristo (Ap 19.20) e sobre Satanás (Ap 20.1-3); ocorre o julgamento das nações e a separação das pessoas vivas na terra, à vinda de Cristo; os santos de todas as eras estarão reunidos. Isto inclui a reunião dos santos que já estão no céu (Mc 13.27; Jo 14.3; Ap 19.14; Ap 20.4,6) e dos santos vivos na terra, no advento de Cristo; e o reinado de Cristo na terra por mil anos (Ap 20.4).
10 A Maneira e ocorrência
(a) Será de maneira pessoal (Jo 14.3; Ap 1.7; 22.7);
(b) Literal (At 1.10; Ap 1.7);
(c) Gloriosa (Cl 3.4);
(d) Visível (Hb 9.28; Zc 12.10). “Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra e lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória (Mt 24.30);
“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá” (Ap 1.7);
(e) Virá acompanhado da esposa. “Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos” (Jd. 14); “E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro” (Ap 19.14);
(f) Virá acompanhado pelos anjos. “E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos santos anjos, com Ele, então, se assentarão no trono da sua glória” (Mt 25.31);
(g) Haverá convulsões na terra. “E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol se escurecerá, e a lua não dará mais a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas” (Mt 24.29);
(h) Descerá sobre o Monte das Oliveiras. “E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o Monte das Oliveiras” (Zc 14.4);
(i) O povo Judeu será libertado. “E o Monte das Oliveiras será fendido pelo meio,… e fugireis pelo vale dos meus montes” (Zc 14.4 – 5);
(j) Será o fim da Grande Tribulação. “Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, eu é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos” (Ap 20.2);
(k) A ressurreição dos mártires da grande tribulação. “E vi as almas daqueles que foram degolados pelos testemunhos de Jesus, e pela Palavra de Deus” (Ap 20.4);
(l) Implantará o reino milenial (Ap 19.15).

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