Afinal, Jesus desceu ou não ao inferno?
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Afinal, Jesus desceu ou não ao inferno?

Afinal, Jesus desceu ou não ao inferno?

 

Dentro da visão de algumas denominações cristãs, podemos ver essa afirmação ecoar como sendo uma verdade, afinal Jesus após a sua morte teria descido ao inferno e lá ao pregar a palavra teria inclusive feito a conversão de várias almas, retirando do cativeiro aqueles que haviam se perdido, os resgatando-os para o reino dos céus. Porém essa afirmação não se sustenta quando verificamos as passagens bíblicas para que essa afirmação seja possível. Vejamos:

1 Pedro 3:18-20: Esta passagem diz: “Porque também Cristo morreu uma única vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; foi morto, sim, na carne, mas vivificado pelo Espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais dantes foram desobedientes, quando a paciência de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca…”

Nesta passagem podemos observar que Jesus liberta os espíritos em prisão, essa afirmação poderia ser interpretada como Jesus descendo ao inferno e libertando os que ali estão presos, porém de fato o que se diz é que Jesus retira o pecador do caminho do pecado, e que o pecado é uma prisão ao qual deixamos quando ouvimos e praticamos a palavra de Deus.

Efésios 4:8-10: “Por isso é que diz: ‘Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens.’ Ora, que quer dizer ‘subiu’, senão que também havia descido às regiões inferiores da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas.”

Levou cativo o cativo o cativeiro, quer dizer que aquele que estava preso pelo pecado foi liberto pela palavra de salvação e “subindo ao alto”, nos remete ao fato de que com ele os pecadores arrependidos iram para as moradas celestiais. Sobre a afirmação “Ora, que quer dizer ‘subiu’, senão que também havia descido às regiões inferiores da terra?” O planeta terra está dividido na porção superior “Céu” e a parte inferior “terra”. Isso afirma que Jesus veio a terra e habitou entre nós, para nos dar o exemplo e mostra o caminho de salvação.

Mateus 12:40: “Pois, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no coração da terra.”

Se lermos e interpretarmos literalmente essa passagem, teríamos que afirmar que Jesus esteve no núcleo da terra, local aonde há lava vulcânica e temperatura e pressão atmosférica elevadíssimos, criando a força gravitacional que nos prende a terra. E a pergunta o que Jesus iria fazer em tal lugar? Mais essa passagem deve ser interpretada como Jesus veio ao mundo ao lugar do centro de adoração a Deus, Jerusalém, Canaã, Belém, etc… locais aonde ele andou e pregou para disseminar a palavra de Deus. Também sabemos que o inferno, não é um local físico que se encontra no interior da terra. Essa argumentação não se sustenta, pois não existe afirmação de que existe um local de tormento abaixo de nossos pés. Pois o lago de enxofre irá existir somente após o juízo de Deus sobre a terra.

Vejamos: Apocalipse 20:15 – E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.

Continuando temos:

Romanos 10:6-7: “Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo). Ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a fazer subir a Cristo dentre os mortos).”

Jesus quando morto esteve numa caverna, e lá dentro do abismo veio a ressuscitar e de lá saiu e por 40 dias andou e pregou sobre a terra. Aqui a palavra abismo é uma referencia a “ser lançando dentro da terra”. “Ou descer a sepultura”. Como uma pessoa qualquer. E só Jesus foi capaz de voltar a vida sendo já morto.

Conclusão:

            A interpretação que Jesus desceu ao inferno e salvou o cativo, nos desperta para o que tem acontecido cada vez mais nos dias atuais, pois hoje vemos muitas interpretações bíblicas que apontam para várias direções, algumas podem nos deixar em dúvidas, porém aqueles que estão alicerçados na palavra e as tem guardado no coração, não se deixaram enganar tão facilmente. Temos muitos “pregadores” e “coutes” da fé, forçando interpretações bíblicas para arrebanhar novos convertidos. Como verdadeiros pregadores da verdade, criando novos costumes, vivendo uma espiritualidade própria, ou simplesmente sendo omissos na admoestação, aceitando o pecado e vivendo o tudo pode. Nos dias atuais aonde a informação é propagada de maneira rápida e por qualquer um, através de redes sociais e aplicativos, devemos nos preparamos para não aceitarmos “os falsos profetas” ao qual a própria bíblia nos advertiu que viriam nos últimos dias e desvirtuariam a muitos.

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