A Ameaça Turca – ano 1095, início da “Guerra Santa”
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A Ameaça Turca – ano 1095, início da “Guerra Santa”

Em 1070, os turcos, povo de
origem muçulmana, conquistaram Jerusalém, a cidade sagrada dos cristãos, meta
de peregrinação de vários deles. Na verdade, havia séculos que Jerusalém estava
sob o domínio dos árabes, que toleravam, no entanto, a presença cristã.
Na primeira metade do século XI,
as relações diplomáticas entre os dominadores árabes da cidade e o Império
Bizantino eram bastante cordiais. Mas os novos conquistadores turcos, além de
tornarem mais difícil a peregrinação, representavam
uma ameaça à incolumidade do Império Cristão do Oriente e à própria Europa.
Em 1095, o papa Urbano II,
respondendo ao pedido de ajuda do imperador bizantino ameaçado pela invasão
turca, convidou todo o Ocidente a intervir militarmente. Aos voluntários da
Igreja, prometia a delação do pagamento dos débitos, a anulação de eventuais
condenações penais, a remissão dos pecados com as indulgências plenárias e
outros prêmios.
De acordo com cronistas da época,
o discurso do papa foi: “Ricos e pobres deveriam igualmente partir,
deveriam parar de se matar uns aos outros e, em vez disso, lutar uma guerra
justa, realizando a obra de Deus; e Deus os guiaria. Quem morresse em combate
receberia a absolvição e a remissão dos pecados.
Aqui, a vida era miserável e
malvada com homens que se entregavam até destruir o próprio corpo e a própria
alma; aqui, eles eram pobres e infelizes, lá, seriam felizes, ricos e
verdadeiros amigos de Deus.” (Runciman, 1996, p. 94.)
Os europeus logo se lançaram ao
feito, convencidos de que a conquista dos países mediterrâneos orientais seria
fácil, pois era sabido que o domínio turco estava despedaçado em emirados
hostis entre si, exatamente como os senhores feudais da Europa.
Os bizantinos logo se dissociariam
dos feitos dos cruzados, seja porque estes, durante sua passagem, saquearam
também cidades cristãs, seja porque a ideia de uma “guerra santa” com
tantos bispos, abades e monges armados de tudo era estranha à sua mentalidade.
Fonte: O livro negro do
cristianismo
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